Apreensões de celulares na PCE aumentam 433%, diz Sesp
Considerando a população carcerária da PCE, 2.880 reeducandos, e a quantidade de celulares apreendidos neste ano, 720 ao todo, é como se 25% dos presos tivessem aparelhos.
Apreensões de celulares no maior presídio de Mato Grosso, a Penitenciária Central do Estado (PCE), aumentaram 433%. Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) indicam que, em 2023, na unidade prisional foram recolhidos 135 aparelhos, enquanto neste ano, até 18 de outubro, foram 720. Considerando a população carcerária da PCE, 2.880 reeducandos, e a quantidade de celulares apreendidos neste ano, 720 ao todo, é como se 25% dos presos tivessem aparelhos.
A Sesp frisou que o aumento de apreensões ocorre devido à realização de operações contínuas e integradas com outras forças policiais e a intensificação dos procedimentos de revista, visando tanto impedir a entrada de celulares, como remover os materiais ilícitos nas celas. Nos dias 9 e 14, duas fases da operação Raio Limpo foram realizadas resultando na apreensão de 118 celulares, 130 chips, além de porções de drogas que geraram três atuações em flagrantes por tráfico. Também foram apreendidas antenas improvisadas para conexão de telefonia móvel. No dia 17, policiais penais fizeram uma nova operação no raio 7, resultando na apreensão de 70 aparelhos celulares e 14 porções de droga. Na sexta-feira (18), mais 6.
Secretário de Estado de Segurança Pública, coronel César Roveri afirma que operações vão continuar sendo realizadas na PCE e em outras unidades prisionais. São operações que vão valorizar e fortalecer o trabalho dos policiais penais, melhorar a segurança nos próprios ambientes prisionais e da população que está aqui fora e que espera que os criminosos que estão nas cadeias cumpram as medidas judiciais e restrições impostas pelos crimes que praticaram, entre as quais a de não ter acesso ao celular.
Secretário-adjunto de Administração Penitenciária, Jean Carlos Gonçalves destaca a luta diária para combater a entrada de celulares nos presídios. A gente descobre o meio que eles estão operando para a entrada de aparelho celular, derrubamos esse esquema de entrada e eles aprimoram com o novo. Eles vão mudando as rotinas. Nós já pegamos celulares dentro de tronco de madeira, arremesso por cima do muro, dentro da comida, dentro das garrafas de café. Eles usam de todos os atributos para tentar burlar a segurança e a gente busca coibir essa entrada. A cada dia, a cada semana, um modo diferente.
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