Caixa reduz crédito para compra de imóveis e vai exigir entrada maior
A partir de novembro deste ano, a Caixa Econômica Federal só vai financiar imóveis de até R$ 1,5 milhão
Principal agente de financiamento imobiliário do Brasil, a Caixa Econômica Federal vai alterar, a partir de novembro deste ano, as regras para a liberação desse tipo de crédito. O montante total financiado passará de 80% do valor do imóvel para 70% no Sistema de Amortização Constante (SAC). Com isso, o comprador terá de dar entrada de, pelo menos, 30% do total.
No sistema Price a cota sofrerá redução de 20 pontos percentuais. Com isso, a Caixa, que cobria 70% do total do imóvel, passará a financiar apenas metade do valor (50%). Ou seja, o cliente precisará custear metade do valor do imóvel nessa modalidade de financiamento.
Além disso, o crédito liberado pela Caixa por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) só poderá ser usado em imóveis de valor até R$ 1,5 milhão.
Contratos já vigentes ou que sejam fechados até o dia 31 de outubro não serão alterados pelas novas regras.
Motivos
Segundo a Caixa, a demanda por crédito imobiliário em 2024 está maior do que o esperado e as mudanças são necessárias para a manuenção desse tipo de crédito. “Considerando a demanda observada e o orçamento para crédito habitacional aprovado para o ano de 2024, com crescimento da carteira estimado entre 8% e 12%, prevemos que nossa carteira irá superar o limite máximo projetado para o período”, informou o banco, em nota.
“Em 2024, o banco concedeu, até setembro, R$ 175 bilhões de crédito imobiliário, o que representa um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023. Foram 627 mil financiamentos de imóveis, beneficiando cerca de 2,5 milhões de brasileiros até o momento”, disse ainda a Caixa. “Assim, informamos que a Caixa estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado”, concluiu o banco.
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