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MT tem 20 nomes na ‘Lista Suja' de trabalho escravo

A Madeireira Medianeira, na Fazenda Aruanã, em Nova Maringá, onde foram sete resgates. Na zona rural de Cuiabá, na MT-251, três trabalhadores foram resgatados de trabalho análogo ao de escravo neste ano, na Fazenda Sonho Meu. O que rendeu a Manoel dos Santos a inclusão, no dia 07 de outubro, na “Lista Suja”.

MT tem 20 nomes na ‘Lista Suja' de trabalho escravo
MT tem 20 nomes na ‘Lista Suja' de trabalho escravo (Foto: Reprodução)

Mais seis empregadores passaram a constar na “Lista Suja” de trabalho escravo e Mato Grosso totaliza 20 nomes no Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e revelam ainda 88 trabalhadores em situação de trabalho escravo. Nessa nova lista, está Guizardi Júnior Construtora e Incorporadora.

A empresa tinha um contrato com o governo do Estado e foi alvo de uma fiscalização do Ministério do Trabalho no ano passado, quando foram encontradas na obra de pavimentação da rodovia MT-404, em Chapada dos Guimarães, cinco trabalhadores em condições análogas à escravidão. A empresa Guizardi Júnior Construtora e Incorporadora pertence a Miguel Guizardi Junior, pai de Giovani Belatto Guizardi, proprietário da Dínamo Construtora, um dos delatores da Operação Rêmora que apurou esquema de propina na Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

Nesta nova lista entraram Welmiston Aparecido Oliveira Borges, do Sítio Vista Alegre, em Cáceres, onde foi resgatado um trabalhador. A Madeireira Medianeira, na Fazenda Aruanã, em Nova Maringá, onde foram sete resgates. Na zona rural de Cuiabá, na MT-251, três trabalhadores foram resgatados de trabalho análogo ao de escravo neste ano, na Fazenda Sonho Meu. O que rendeu a Manoel dos Santos a inclusão, no dia 07 de outubro, na “Lista Suja”.

O empresário Rainer Dowich da Fazenda Eldorado, em Itaúba, entrou para nova lista. No local, sete trabalhadores estavam em situações degradantes. Ainda Tomas Andrzejewski, da Fazenda Alto Guaporé, em Vila Bela da Santíssima Trindade, onde foram localizados 7 trabalhadores. A “Lista Suja” é um documento público divulgado semestralmente, nos meses de abril e outubro, com o objetivo de dar visibilidade aos resultados das fiscalizações do governo contra o trabalho escravo.

Cada nome pode permanecer na lista por um período de dois anos, mas em algumas exceções os nomes podem ficar mais por mais ou menos tempo. Empresas incluídas na lista podem ter dificuldades em obter crédito para investir em seus negócios. Órgãos públicos e empresas privadas podem evitar contratar empresas que estejam na lista. A inclusão na lista gera uma imagem negativa à empresa, afetando sua credibilidade no mercado.

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