Compras de roupas e perfumes fez com que polícia chegasse a criminosos
O crime aconteceu durante a madrugada de sábado dia 14.
4 criminosos presos por participação na morte das irmãs Rayane Alves Porto, 28, e Rithiele Alves Porto, 25, foram localizados após se deslocarem para Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá) e gastarem cerca de R$ 6 mil em roupas, no sábado (14). O crime aconteceu durante a madrugada daquele dia.
Em entrevista, o delegado da Regional de Cáceres, Higo Rafael Ferreira, que também participa das investigações do crime, afirmou que 4 pessoas, entre adultos e menores, foram localizados no município, após se hospedarem em hotel e gastarem cerca de R$ 6 mil em roupas e perfumes.
“As primeiras 4 pessoas foram localizadas em Cáceres, após se hospedarem em um hotel, ir em diversas lojas, compraram roupas e perfumes caros e voltaram para o hotel. Eles realizaram as compras com dinheiro próprio e todas as compras foram feitas no débito. Então esse é um ponto a esclarecer, de onde veio esse dinheiro, uma vez que eles compraram quase R$ 6 mil e pagaram o táxi e o hotel, que eram valores altos, no pix”.
Devido aos gastos, a Polícia Civil acredita que outras pessoas participaram indiretamente do crime e serão punidas. “Desde a pessoa que alugou a casa até o executor precisam ser responsabilizadas por essa situação”.
Detalhes do crime
Rayane Alves Porto e Rithiele Alves Porto foram torturadas e mortas após, supostamente, terem tirado uma foto fazendo o símbolo de uma facção rival.
“O grupo viu a foto das meninas e a partir dessa foto discutiram através do WhatsApp o impacto dessa foto para a região deles. Foi após essa discussão que eles decidiram tomar algumas providências. Alguns dizem que a situação saiu de controle, mas outros afirmam eles já saíram com a intenção de cometer esse tipo de crime, então teoricamente, elas já teriam sido decretadas antes de ir para o local”, revelou o policial.
Das 4 vítimas levadas ao cativeiro, uma delas conseguiu fugir após os criminosos pedirem dinheiro para familiares das mulheres e o valor ser recusado.
“Após torturarem as vítimas, o mandante do crime teve a ideia de ligar para algumas pessoas. Algumas atenderam, outras não, e as que atenderam disseram que não tinham aquele dinheiro, pois eles pediam R$ 100 mil. Em determinado momento, o mandante disse que como não tinha dinheiro, que matasse todo mundo”, declarou.
Ainda conforme o delegado, um dos rapazes conseguiu fugir do cativeiro assim que ouviu a ordem para matar as vítimas. “Ele conseguiu empurrar algumas pessoas, pulou os muros e conseguiu chegar ao pelotão da Polícia Militar”, após a fuga do jovem, as 10 pessoas se espalharam pela cidade e tentaram se esconder.
“No momento que a polícia chegou, encontrou as duas irmãs mortas e o irmão desacordado, pois tinha sido arrancados a orelha, dois dedos e levado uma faca no pescoço, momento em que ele desmaiou”, afirmou o delegado.
Até o momento a Polícia Civil não conseguiu chegar a um vínculo entre as jovens e o grupo criminoso. A princípio, elas não tinha nenhuma ligação com facções.
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