Baixa humidade do ar se torna crítica em Campo Novo do Parecis

Uma área de pressão atmosférica tem atuado na região Centro-Oeste, dando força para que o ar seco fique ainda mis forte. Esse efeito cria um “bloqueio” na atmosfera.

Sem chuvas há 4 meses, Campo Novo do Parecis registrou umidade relativa do ar de 18%, nesta semana. O nível da umidade é considerado de deserto, segundo meteorologistas.

A forte onda de calor é uma das responsáveis por essa sensação de tempo mais seco. Em Cuiabá, os termômetros marcaram 42ºC. A ausência de chuvas é outro fator que contribui para secura do ar. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitido diversos avisos sobre níveis baixíssimos de umidade relativa.

As regiões ao Noroeste do estado de São Paulo, extremo leste de Minas Gerais, sul do Mato Grosso, norte do Mato Grosso do Sul e praticamente todo estado de Goiás estão entre os locais mais críticos, com alertas de grande perigo nesta terça-feira (20).

Para esses lugares, a umidade relativa do ar pode ficar abaixo de 12% nos próximos dias. Para se ter dimensão, no deserto do Saara, a umidade do ar costuma variar entre 14% e 20%.

Uma área de pressão atmosférica tem atuado na região Centro-Oeste, dando força para que o ar seco fique ainda mis forte. Esse efeito cria um “bloqueio” na atmosfera.

O fenômeno também impede que a chuva e o ar frio circulem pela região, contribuindo para elevar a temperatura, e dificultar a melhora nos níveis de umidade do ar.

Clima de deserto

Em termos de comparação, a umidade relativa do ar em desertos, fica abaixo de 10% em todos os meses do ano. O índice de umidade do ar recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 60%.

Na manhã desta quarta-feira (4), uma densa fumaça cobriu a cidade e prejudicou ainda mais a qualidade do ar. Médicos orientam a população para a necessidade de cuidados com o sistema respiratório. Por isso é importante a boa hidratação e umidificação do ambiente.

Da redação

Foto Rodrigo Moreira