ato Grosso registra o maior número de focos de incêndio do país
Os dados vêm do monitoramento por satélites do BDQueimadas, programa do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e mostram que quase ¼ dos focos de incêndio do Brasil estão no estado, a maioria deles com concentração no cerrado.
Na última semana (entre 20 e 26 de agosto), Mato Grosso registrou 4960 focos de incêndio espalhados por todo o território. Os dados vêm do monitoramento por satélites do BDQueimadas, programa do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e mostram que quase ¼ dos focos de incêndio do Brasil estão no estado, a maioria deles com concentração no cerrado. Esses focos, combinados com as movimentações atmosféricas e o ar esfumaçado, contribuem com a baixa qualidade do ar no período.
Há cerca de duas semanas, Mato Grosso tomou a liderança, ocupada antes pelo Pará, como estado com mais focos de incêndio do país. Somente na última semana, entre os dias 20 e 26 de agosto, foram registrados 4960 focos de queimadas pelos satélites do BDQueimadas, ou seja, o estado concentra 23,6% dos focos de incêndio do Brasil. Nesse mesmo período em 2023, Mato Grosso contava com 802 focos de incêndio e contribuía com 9,2% dos focos de queimada do país.
Dentre a quantidade de focos no estado, a maior parte deles ocorre no Cerrado, que, na última semana, registrou 2463 focos, de acordo com o site Terrabrasilis, desenvolvido pelo Inpe. O problema, entretanto, não se encontra somente nesse bioma, mas também na Amazônia e no Pantanal, esse que, somente em Mato Grosso, conta com 3 frentes de combate.
Estas 3 frentes de combate no pantanal mato-grossense são: na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço; na divisa de Cáceres com a Bolívia; e na região da Fazenda Cambarazinho, em Poconé.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militares do Estado de Mato Grosso, a maior parte dos incêndios está concentrada em regiões de propriedades particulares, compondo um total de 62,4%, enquanto 33,7% estão concentrados em áreas indígenas, de acordo com dados do Relatório de Ações de Resposta aos Incêndios Florestais, do Corpo de Bombeiros Militar.
Somente nesta terça-feira (27), mais de 190 bombeiros foram necessários para combater 39 incêndios em vegetação.
Além das frentes de combate no pantanal, o fogo é combatido em 27 municípios pelos bombeiros: Santo Antônio do Leverger, Cuiabá, Rosário Oeste, Nossa Senhora do Livramento, Rondonópolis, Paranatinga, Sinop, União do Sul, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Alto Paraguai, São José do Rio Claro, Nova Maringá, Confresa, Novo Santo Antônio, Porto Esperidião, Vila Bela da Santíssima Trindade, Mirassol D’Oeste, Jauru, Aripuanã, Juara, Apiacás, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Marcelândia e Peixoto de Azevedo.
A situação das queimadas, apesar de ocorrer com destaque em Mato Grosso também é um fenômeno em todo o país. Dentre todas as federações da América do Sul, o Brasil segue sendo o líder em foco de queimadas, com 67,7% dos focos de incêndio, que correspondem a um total de 21041 focos.
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