Fila para transplantes de rins cresce mais de 500% em MT
A pasta enfatiza no documento que, de acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes.
Mato Grosso é um dos seis estados que não realiza transplante renal e tem uma fila de pacientes que não para de crescer. Em 2021, eram 160 pacientes e hoje são mais de mil que aguardam por um rim, um crescimento de mais de 500%.
Chamamento público da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES), publicado em maio deste ano, na busca de hospitais para realizar o procedimento, revelou que o Estado não faz transplante de rim há quatro anos. A pasta enfatiza no documento que, de acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes, a necessidade estimada para atender a demanda de Mato Grosso seria de 200 transplantes renais ao ano. Considerando a quantidade atual de pessoas no aguardo, mais de mil, e a necessidade estimada ao ano de 200 transplantes, o Estado levaria cinco anos para zerar a fila atual. Mas, a expectativa é de que somente em dezembro os procedimentos sejam retomados, com apenas seis pacientes, e cheguem a 74 ao máximo no ano, levando a expectativa de zerar essa fila para uma realidade muito distante.
A SES publicou no dia 19 de agosto, no Diário Oficial do Estado, o resultado de credenciamento para a contratualização e realização de procedimentos ambulatoriais e hospitalares de serviço especializado em notificação, captação, retirada de múltiplos órgãos e transplante de rim, de doadores vivos e falecidos. O serviço será prestado pelo Hospital e Maternidade São Mateus. Em relação à capacidade de atendimento, a unidade hospitalar revelou que a meta é realizar em torno de 24 transplantes por ano, no entanto, com incrementos nos próximos anos, até que atinja próximo da capacidade da contratualização com o Estado, que são 72 transplantes ao ano.
A expectativa é de que a assinatura do contrato aconteça nos próximos dias. Segundo a unidade, em setembro deve ser iniciado os atendimentos ambulatórios de pré-transplante para selecionar os primeiros seis receptores e doadores do transplante intervivos. Os exames e entrevistas duram em torno de seis meses e o primeiro transplante com doador vivo é estimado para dezembro. Em paralelo, será iniciado os ambulatórios para captação em doadores falecidos. Neste caso, a expectativa é que os transplantes com órgãos de doadores falecidos ocorram no ano que vem, até o mês de março.
Realidade
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, mais de 40 mil pessoas aguardam por transplante de rim. Os procedimentos são realizados em 146 centros ativos de 21 estados. Além de Mato Grosso, Acre, Sergipe, Amapá, Roraima e Tocantins não realizam transplantes.
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