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TV sobrevive a modernidade com a participação do público e trabalho em equipe

Por sua extrema importância a TV ganhou data comemorativa. No Brasil, a data é celebrada no dia 11 de agosto e foi escolhida em associação a vida de Santa Clara de Assis, reconhecida como “patrona da televisão”.

TV sobrevive a modernidade com a participação do público e trabalho em equipe
TV sobrevive a modernidade com a participação do público e trabalho em equipe (Foto: Reprodução)

Em agosto de 1950, inaugurava-se a primeira televisão da história do Brasil. De lá para cá, o aparelho nunca deixou os lares brasileiros. Em 74 anos de história, a TV foi se adaptando as tecnologias e ao público de sua época. Se no princípio ela tinha imagens em preto e branco, com um tempo passou a ter cores, e depois a mudança do sinal analógico para o digital. Mudou ainda a forma com que interage com seus telespectadores.

Por sua extrema importância a TV ganhou data comemorativa. No Brasil, a data é celebrada no dia 11 de agosto e foi escolhida em associação a vida de Santa Clara de Assis, reconhecida como “patrona da televisão”.

Durante a trajetória televisiva brasileira, a TV Vila Real 10.1 se fez presente em 30 anos construindo um legado junto à Cuiabá e Mato Grosso. Procurando entender o fascínio no processo de produção da TV, o conversou com alguns dos profissionais que ajudaram e continuam auxiliando na construção dessa herança.

A repórter da TV Vila Real e âncora do programa Tribuna, da rádio Vila Real FM, Nayana Bricat começou a trabalhar no meio televisivo como produtora em 2014. Com mais 10 anos de experiência, e já trabalhando em diversas frentes, seja como editora ou apresentadora, ela destaca o que considera como especial em trabalhar para a TV.

“Primeiro que eu acho que o jornalismo em si, a nossa função como jornalista é tentar ajudar o próximo. E a televisão, além de nos proporcionar isso, ela proporciona que a gente esteja em contato com a pessoa, porque eu vou ali, eu vou à casa da pessoa, consigo falar com ela, consigo, às vezes, dar um abraço. Eu acho que é isso que faz essa magia", disse.

Sobre o contato com o público, a repórter ainda acrescenta “tem uma rotina muito exaustiva. Tem dia que, assim, é última pauta do dia, você já está cansado, aí você chega lá no lugar, você vê a felicidade que a pessoa te recebe. Isso faz valer a pena, eu tenho que dar o meu melhor, o meu máximo porque para mim talvez seja só uma matéria, mas para quem tá recebendo é algo que muito significa”.

De acordo com Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de domicílios do país com TV, de 2021 a 2022, subiu de 69,6 milhões para 71,5 milhões. Desse número 31,1 milhões tinham serviço pago de streaming e 95,3% também acessavam canais de TV, o que demonstra sua relevância mesmo com outros meios de se consumir mídia.

O jornalista e editor do programa Cadeia Neles, Márcio Moreira, está há 21 anos no Grupo Gazeta. Com anos de experiência em produção de TV, seja com programas jornalísticos ou com entretenimento, o editor acompanhou de perto como a participação do público se tornou mais expressiva.

Luiz Leite

Márcio Moreira

Márcio Moreira é editor do programa Cadeia Neles

Márcio comenta que o programa foi pioneiro na questão da interação. “Na época ainda dos e-mails, começamos a divulgar o e-mail. Chegavam centenas, todos os dias tinha que imprimir, a gente selecionava muitas denúncias, muitos casos foram elucidados por meio de denúncias que chegaram no Cadeia Neles. A polícia vinha, pegava tudo. Em seguida, criamos o WhatsApp, eu lembro que no primeiro dia que divulgamos, travou”.

O editor também enfatiza como é importante essa interação, em especial, quadros que ajudam os cidadãos em situação de vulnerabilidade.

“É um quadro muito forte social que nós temos, de mostrar as pessoas que precisam de um alimento, de um remédio. Mas o social é isso, é mostrar. E a grande interação, porque é o seguinte, o nosso telespectador, ele ajuda. Chega comida, chega roupa, chega emprego. Essa interação é fantástica e nos alegra a fazer cada vez mais, a mostrar cada vez casos, porque a gente pode contar com a nossa audiência.”

Outro aspecto que envolve o meio televisivo, é a coletividade no trabalho e processos em que um programa deve passar para ir ao ar.

“Às vezes, quem está ali assistindo, vê só a Nayana. Mas, tem toda uma equipe por trás, tem os meus cinegrafistas, tem o auxiliar, tem a equipe que controla o jornal. Então na televisão você aprende que você não faz nada sozinho e você precisa do outro” finaliza Bricat.


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