Estado precisa de 120 mil casas para resolver deficit
O relatório revela que o deficit habitacional relativo em Mato Grosso representa 9,9% do total de domicílios particulares (permanentes e improvisados) ocupados no Estado, que somam 1.212.952. Com relação às 27 unidades da federação, Mato Grosso representa 1,93 % do deficit habitacional existente no Brasil.
Mato Grosso tem um deficit habitacional de 120.207 moradias. Deste total, 40,5%, ou 48.656 famílias tem ônus excessivo com o aluguel urbano, 40,1%, ou 48.207 são habitações precárias (moradias cujo material é diferente de alvenaria), e 19,4%) ou 23.344 moradias, são na modalidade de coabitação (domicílios com mais de um núcleo familiar). Dados são do relatório de deficit habitacional do Brasil, divulgado este ano, pela Fundação João Pinheiro (FJP).
O relatório revela que o deficit habitacional relativo em Mato Grosso representa 9,9% do total de domicílios particulares (permanentes e improvisados) ocupados no Estado, que somam 1.212.952. Com relação às 27 unidades da federação, Mato Grosso representa 1,93 % do deficit habitacional existente no Brasil.
O Estado também aparece com deficit habitacional relativo superior ao do país, com 9,9%. O Brasil compreende 75.221.762 domicílios particulares e o deficit habitacional relativo totaliza 6.215.313 domicílios, o que representa 8,3%. No Dia Nacional da Habitação, celebrado nesta quarta-feira (21), os números revelam a falta de acesso à moradia digna.
Na região Centro-Oeste, Mato Grosso é o estado com mais habitações precárias e apresenta predomínio do componente ônus excessivo com aluguel, que ocorre em domicílios com até três salários mínimos de renda domiciliar e cujo gasto supere 30% da renda familiar especificamente com o aluguel, o que pode resultar em dificuldades financeiras, perda de bem estar e instabilidade habitacional.
É o caso da dona de casa Eliete dos Santos, 43, mãe solo de três filhos: Fernando, 16, Inácio, 12, e Samuel, 2. Ela conta que a única renda que recebe é proveniente do benefício do Programa Bolsa Família, no valor de R$ 1.200, e 50% era para pagar o aluguel.
“Estava passando fome com eles, porque não sobrava quase nada”. Revela que não consegue trabalhar fora, pois o seu filho mais velho tem autismo e precisa dos seus cuidados em tempo integral. Segundo Eliete, faz pouco tempo que se mudou para uma área de ocupação, na região do Contorno Leste, em Cuiabá.
“Improvisei algumas tábuas e com a solidariedade das pessoas erguemos um cômodo, onde durmo com os meus filhos. A situação não é fácil, continuo passando dificuldades, mas é melhor que antes, pois agora sobra mais para comprar comida”.
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