Desmate ilegal é três vezes maior em propriedades rurais
Os números fazem parte do boletim informativo sobre alertas de desmatamento no Estado de Mato Grosso, divulgados pela Sema.
<p>Mais de 90% dos municípios de Mato Grosso registraram desmatamento no segundo trimestre de 2024. Do 314,6 quilômetros quadrados desmatados, 64,9%, correspondendo a 204,12 km2, ocorreu sem autorização. Um dado que chama a atenção é que, neste período, a área total desmatada ilegalmente dentro de imóveis com Cadastro Ambiental Rural (CAR) é 3 vezes maior do que nas áreas que não possuem CAR. </p><p>Os números fazem parte do boletim informativo sobre alertas de desmatamento no Estado de Mato Grosso, divulgados pela Sema. “Os dados do segundo trimestre de 2024 demonstram uma alta ocorrência de desmatamento ilegal em imóveis com o CAR já validado, que, apesar de representar menos de 7% dos imóveis cadastrados, o número de alertas de desmatamento ilegal em CAR validado representa quase um terço (41,6 km2) do total desmatado em áreas cadastradas, sendo que cerca de 30,7% (12,76 km2) deste desmatamento ilegal em Área de Reserva Legal. </p><p>Verificou-se que uma única propriedade foi responsável por mais da metade do desmatamento ilegal em CAR validado”, cita trecho do estudo da Sema. O desmatamento ilegal em CAR Validado só ficou atrás dos cadastros em fase de análise ou aguardando análise do órgão ambiental, que somam 59,2 km2 de área desmatada (43,7%). Os cadastros que estão aguardando complementação do interessado também apresentam um alto número de alertas, com uma área desmatada de 26,7 km2 (19,7%). </p><p>“Esses dados indicam a necessidade de ações mais efetivas no monitoramento e fiscalização nas fases de análise e complementação do CAR e principalmente no monitoramento das áreas com CAR já validado para o cumprimento de sua regularização ambiental, especialmente na manutenção de suas áreas de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente”, citaram técnicos da Sema no estudo. </p><p>“É crucial acelerar a análise e validação dos CARs, priorizando os cadastros com maior risco de desmatamento, e adotar a automatização de processos para aumentar a eficiência das análises e consequentemente obter uma maior validação das informações declaradas”, completou estudo. </p><p>OUTROS DADOS </p><p>No segundo trimestre houve um aumento nos alertas de desmatamento de 67% em relação ao primeiro trimestre. De janeiro a até o dia 31 de março foram 187,3 quilômetros quadrados desmatados. De 1º de abril até 30 de junho a quantidade desmatada foi de 314,67 km2.</p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p>
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